O deputado estadual Waldemar Borges está levantando sérias preocupações sobre os gastos do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), presidido por Joaquim Neto. Em meio a alegações de cortes de recursos para atividades essenciais, o parlamentar destaca dois eventos que totalizam mais de R$ 1,6 milhão em despesas, apesar da suposta falta de recursos suficientes para as atividades fins do instituto.
O primeiro evento em questão foi a Feira Integrada de Produtos da Agricultura Familiar (Fipagri), realizada em outubro, onde foram alocados cerca de R$ 1 milhão. Borges critica a magnitude desse investimento, apontando que irá investigar minuciosamente as despesas relacionadas ao evento.
Já o segundo evento, uma confraternização de dois dias com funcionários e colaboradores do IPA em um hotel de Gravatá, está gerando ainda mais polêmica. Com um custo de R$ 600 mil e dispensa de licitação, Borges classifica o gasto como exorbitante e está acionando o Tribunal de Contas e o Ministério Público Estadual para investigar a situação.
O deputado planeja enviar um Pedido de Acesso à Informação ao presidente do IPA e à governadora Raquel Lyra para obter detalhes sobre os valores e contratações envolvidos na Fipagri. Ele expressa preocupação com os cortes de recursos para atividades fundamentais do IPA, como assistência técnica, pesquisas importantes e serviços de acesso à água.
Waldemar Borges enfatiza que a gestão atual do IPA parece ter uma preferência por grandes e caros eventos, exacerbando as dificuldades enfrentadas pelo órgão. Ele ressalta a falta de respeito aos profissionais essenciais para a pesquisa, extensão rural e obras de infraestrutura de recursos hídricos, que, segundo suas alegações, estão operando sob condições precárias.
Além disso, o deputado questiona a justificativa dada pelo presidente do IPA para a inexigibilidade de licitação no segundo evento, argumentando que a real intenção é realizar uma grande confraternização. Borges destaca que a situação não é apenas um descaso, mas uma afronta aos recursos públicos e à missão do IPA.
Diante dessas denúncias, o deputado busca não apenas esclarecimentos, mas também medidas concretas por parte dos órgãos de controle para garantir a transparência e a responsabilidade na utilização dos recursos públicos pelo Instituto Agronômico de Pernambuco.
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