A tradicionalmente masculina indústria logística vem passando por mudanças significativas, com a modernização dos processos e uma crescente tendência de aumentar a participação das mulheres no setor. Embora dados específicos para a logística sejam escassos, estimativas do Ministério do Trabalho e Emprego indicam que apenas 17% dos funcionários no setor de carga e logística são mulheres. No entanto, um estudo da Gupy revelou um aumento expressivo de 229% na contratação de mulheres em áreas logísticas em 2020, indicando uma mudança positiva nesse cenário.
A empresa pernambucana Grupo Trino, que atua em logística, armazenamento e serviços, está entre as organizações que têm liderado essa transformação. Inicialmente, a cultura predominante era masculina, mas a empresa, liderada por Edla Couto, uma mulher desde o início, tem alcançado resultados notáveis. Atualmente, 20% do quadro do Grupo é composto por mulheres, incluindo colaboradoras com mais de 45 anos.
Gerson Barros, diretor de Logística do Grupo Trino, destaca que, além de características como comprometimento e responsabilidade, as mulheres trazem uma qualidade adicional ao setor: o cuidado e zelo com os equipamentos. O avanço tecnológico nas operações logísticas, como o uso de empilhadeiras elétricas e drones, demanda precisão e delicadeza, habilidades que as mulheres demonstram com excelência.
Quanto às colaboradoras mais experientes, Barros observa que o cuidado adicional com pessoas e a aceitação de desafios são características marcantes. A estabilidade emocional e profissional dessas mulheres contribui para uma maior receptividade aos feedbacks e para uma permanência mais longa nas empresas, gerando benefícios mútuos de confiança e segurança.
A gestão realizada por profissionais mais experientes, como exemplificado pela coordenadora administrativa Valéria Barbosa, com mais de 9 anos na empresa, promove uma fluidez entre os liderados, elevando o nível de consciência da equipe para enfrentar os desafios diários. A cultura inclusiva do Grupo Trino é evidenciada por histórias inspiradoras de colaboradoras como Isabel Aquino, recepcionista há quase 13 anos, e Alessandra Moura, agente de serviços gerais, que encontraram não apenas emprego, mas também acolhimento e reconhecimento no Grupo.
Essa abordagem inclusiva tem se mostrado fundamental para o sucesso da empresa e o desenvolvimento de todos os colaboradores, consolidando o Grupo Trino como um exemplo inspirador de como a diversidade e a modernização podem transformar positivamente a dinâmica no setor logístico.
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