O Hospital Miguel Arraes, situado em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, está atento para o aumento da demanda por atendimentos decorrentes desses incidentes durante esse período. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 180 mil pessoas perdem suas vidas anualmente em decorrência de queimaduras, que se posicionam como a quinta causa mais comum de lesões não fatais em crianças. No Brasil, as estatísticas são igualmente alarmantes, com cerca de 150 mil internações anuais devido a queimaduras, sendo que 30% dessas vítimas são crianças.
Em entrevista, Almir Lima, bombeiro civil do HMA/FGH, alerta para os perigos associados às práticas tradicionais das festas juninas, como pular fogueiras e manipular fogos de artifício. "Não é recomendado pular fogueira, uma vez que a pessoa pode cair e causar queimadura de até terceiro grau, e mesmo a morte, dependendo da extensão da lesão", adverte Lima. Ele também destaca a importância de se tomar precauções, principalmente no que diz respeito ao manuseio dos fogos de artifício, especialmente entre as crianças, pois "podem acontecer queimaduras graves e até mutilação de membros com a explosão dos fogos".
O coordenador de Ortopedia e Traumatologia do HMA, Adauto Telino, ressalta as consequências devastadoras que as queimaduras podem acarretar na vida das vítimas, incluindo hospitalizações prolongadas, desfiguração e incapacidade. "O trauma provocado pode trazer graves consequências à vida do paciente, como sequelas permanentes que dificultam as simples tarefas do dia a dia, a exemplo das amputações e de lesões na visão e na audição", explica Telino.
A campanha de prevenção adotada pela Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), intitulada "Queimaduras. Na minha casa não!", busca conscientizar a população sobre a importância de adotar medidas preventivas contra acidentes domésticos, visto que a maioria dos casos de queimaduras ocorrem dentro do ambiente residencial.
Diante desse cenário, é fundamental que a população esteja ciente dos procedimentos adequados em caso de queimaduras. O primeiro passo é lavar o local afetado com água corrente por até 15 minutos, retirando anéis e alianças. Em seguida, é recomendado envolver a área queimada com um pano limpo e procurar imediatamente atendimento médico especializado.
É importante ressaltar o que não se deve fazer em casos de queimaduras, como aplicar manteiga, pó de café, clara de ovo, creme dental, pomadas ou qualquer receita caseira. Além disso, a vítima não deve tocar na área queimada, furar as bolhas ou retirar qualquer tipo de tecido aderido à pele queimada, pois isso pode agravar ainda mais o quadro.
Neste período festivo, é essencial que a população esteja consciente dos riscos associados às práticas tradicionais das festas juninas e adote medidas preventivas para evitar queimaduras e traumas, garantindo assim a segurança e o bem-estar de todos.
* Com informação da Assessoria e imagem/ G1
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