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CENSO 2022 destaca que número de pernambucanos que se declararam pretos aumenta, enquanto o de brancos diminui

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

/ por Isabel Gusmão


Segundo os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22), a população de Pernambuco atinge a marca de 9.058.931 habitantes. Uma análise detalhada do recorte por cor ou raça revela mudanças significativas na composição étnica do estado.

Dos pernambucanos, 55,27% se declararam pardos, totalizando 5.006.802 pessoas. Os brancos representam 33,6%, com 3.043.916 habitantes, enquanto os pretos somam 909.557, correspondendo a 10,4% da população. Os indígenas e amarelos compõem 0,92% e 0,15%, respectivamente.

Comparando com o Censo de 2010, observa-se uma queda no percentual de moradores autodeclarados brancos, que passaram de 36,67% para os atuais 33,6%. Em contrapartida, houve um aumento na população preta, que representava 6,49% e agora atinge 10,4%.

A variação absoluta da população pernambucana foi de 3%, com notáveis crescimentos de 74,8% entre os indígenas, 59% entre os pretos e 2,9% entre os pardos. Por outro lado, ocorreu uma queda de 5,6% na população branca e uma variação negativa de 83,9% entre a população amarela.

Distribuição por Municípios: Pardos, Brancos e Indígenas

Analisando os dados por municípios, destaca-se a diversidade étnica em diferentes regiões do estado. Frei Miguelinho, no Agreste, apresenta a maior proporção de pessoas brancas, representando 54,34% de sua população. Em contrapartida, Mirandiba, no Sertão, lidera em população preta, totalizando 21,14%.

Carnaubeira da Penha, também no Sertão, destaca-se com impressionantes 77,11% de sua população se declarando indígena. Este mesmo município possui os menores percentuais de pessoas brancas (4,08%) e pardas (15,61%) no estado. Por outro lado, em Salgadinho, Belém de Maria, Barra de Guabiraba (Agreste) e Chã de Alegria (Zona da Mata), nenhum habitante se declarou indígena.

Manari, no Sertão, lidera em população parda, alcançando 78,05% do total. O Recife possui o maior número absoluto de pessoas amarelas (2.703), enquanto Granito, no Sertão, detém a maior proporção (0,44%) entre a sua população.

Análise por Sexo e Idade: Pardas em Destaque

Ao cruzar dados por sexo e cor ou raça, as mulheres pardas se destacam, compondo 28,77% da população pernambucana. Homens pardos representam o segundo maior grupo, com 26,5% do total. Mulheres brancas, homens brancos, mulheres pretas e homens pretos seguem na sequência.

Variação por Faixa Etária: Jovens Pardos e Idosos Brancos

A análise por cor ou raça e faixa etária revela que os pernambucanos de 15 a 29 anos são os que mais se declaram pardos, atingindo 57,2% do total. O grupo de 0 a 14 anos tem a segunda maior proporção de pardos, com 56,98%.

Surpreendentemente, o grupo de 75 anos ou mais é o único em que menos de 50% se declararam pardos (45,97%), com destaque para 42,85% de pessoas brancas. O grupo de 0 a 14 anos apresenta o menor percentual de pessoas pretas (6,35%) e o maior de indígenas (1,1%).

Índice de Envelhecimento: População Preta em Destaque

O índice de envelhecimento, que avalia a proporção de pessoas com 60 anos ou mais em relação a 100 pessoas de até 14 anos, revela que a população preta possui o maior índice (124,17). Em contraste, a população indígena apresenta o menor índice (49,10).

Razão de Sexo por Cor ou Raça: Pardos com Equilíbrio

A razão de sexo em Pernambuco é, em média, de 91,21 homens para cada 100 mulheres. A população preta é a única com razão acima de 100, indicando 103,15 homens para cada 100 mulheres pretas. Os menores valores foram encontrados na população amarela (70,21) e branca (86,39).

Tacaimbó lidera com a razão de sexo mais elevada entre a população preta, enquanto o Recife apresenta os valores mais baixos entre a população branca. Olinda e Quixaba registram os indicadores mais baixos entre os pardos e pretos, respectivamente.

Esses dados do Censo 2022 oferecem uma análise aprofundada da composição étnica e demográfica de Pernambuco, destacando mudanças significativas ao longo da última década. O estado continua a refletir a diversidade cultural e étnica que o caracteriza, com nuances marcantes em diferentes regiões e faixas etárias.

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