Sebrae capacita Pescadores Artesanais em Fernando de Noronha para fortalecer economia local

Em uma parceria entre o Sebrae/PE, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) e a Associação Noronhense de Pescadores (Anpesca), teve início um programa de capacitação voltado para 125 pescadores artesanais no arquipélago de Fernando de Noronha. O projeto, que se estenderá até setembro, visa fornecer orientações sobre gestão, cooperativismo, boas práticas, operação de mercado, marketing estratégico, turismo e desenvolvimento local.

O foco principal das capacitações está na gestão da fábrica de gelo em escama, instalada na ilha no ano passado. A iniciativa busca não apenas melhorar as condições de trabalho dos pescadores autônomos, mas também contribuir para a preservação da cultura local, sendo a pesca artesanal uma das principais atividades econômicas do arquipélago, responsável por gerar empregos significativos.

A palestra inaugural, realizada no píer do Porto de Santo Antônio, abordou temas relacionados ao associativismo, destacando a importância de os empreendedores locais estarem reunidos em associações para criar um modelo de gestão eficaz. Jussara Leite, analista do Sebrae/PE, ressalta a relevância de trabalhar o negócio associativo para beneficiar tanto os associados quanto a economia local, considerando a diversidade de pequenos negócios voltados para turismo, gastronomia e transporte em Noronha.

A fábrica de gelo em escama representa um avanço significativo para os pescadores, reduzindo os custos de produção de R$ 5,00/kg para R$ 0,23/kg, tornando o insumo mais acessível. Síria Moura, assessora de Fomento da Adepe, destaca a parceria com o Sebrae e a importância de trazer não apenas desenvolvimento econômico para Noronha, mas também fortalecer a cultura da gestão e o cooperativismo entre os pescadores.

O cronograma de ações prevê mais seis encontros ao longo do ano, abordando temas como governança, questões legais relativas à atividade pesqueira, boas práticas de armazenamento do pescado, oportunidades de mercado, finanças e marketing aplicado ao agronegócio. A expectativa é que o convênio possa, futuramente, abranger empreendedores de outras áreas.

Ramon Abelenda, gerente de Meio Ambiente de Noronha, ressalta que o convênio é um pontapé inicial e uma ação guarda-chuva que, inicialmente, beneficia os pescadores, mas que se estenderá para outras associações, buscando fomentar o cooperativismo e fortalecer as diversas atividades econômicas da ilha, trazendo mais desenvolvimento para a comunidade local.