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Pernambuco registra maior taxa de eesocupação do País em 2023, de acordo com pesquisa do IBGE

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

/ por Isabel Gusmão


Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pernambuco liderou a taxa de desocupação no Brasil em 2023, alcançando o índice de 13,4% da população com 14 anos ou mais. Apesar de representar a taxa mais alta do país, houve uma tendência de queda nos últimos dois anos, indicando uma melhoria gradual no cenário econômico estadual.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) revelou que, em 2021, durante o ápice dos impactos econômicos da pandemia, o estado enfrentou uma taxa de desocupação alarmante de 20,2%. Em 2022, esse número diminuiu para 15,9%, demonstrando uma trajetória de recuperação, porém ainda desafiadora.

Um aspecto preocupante é o alto índice de informalidade no mercado de trabalho pernambucano. Cerca de metade da população ocupada trabalhou na informalidade em algum momento de 2023, contrastando com a média nacional de 39,1%. Essa realidade evidencia a fragilidade das garantias trabalhistas e a instabilidade financeira enfrentada por muitos pernambucanos.

Além disso, o rendimento médio habitual de todos os trabalhos no estado foi de R$ 1.952 em 2023, o que o coloca como o quarto menor do país, ficando atrás apenas de Ceará, Maranhão e Bahia. Em comparação, o rendimento médio nacional foi de R$ 2.979, destacando a disparidade econômica existente.

Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, ressalta que esses resultados refletem um cenário de menor dinamismo na economia local, influenciado pelo desempenho da indústria, dos serviços e do comércio ao longo de 2023. O grande volume de trabalhadores informais contribui para uma sensação de insegurança quanto ao futuro, impactando negativamente nos investimentos das empresas e nas oportunidades de contratação.

No quarto trimestre de 2023, a taxa de desocupação em Pernambuco registrou uma leve queda, atingindo 11,9%, com 505 mil pernambucanos procurando emprego sem sucesso. Na Região Metropolitana do Recife, o percentual de desocupados foi ainda mais expressivo, alcançando 13,8%, o segundo maior do país.

Apesar disso, o número de pessoas ocupadas permaneceu estável, indicando uma estabilização do mercado de trabalho. Destaca-se o aumento de 81 mil trabalhadores na iniciativa privada, com um significativo avanço de 10,2% no número de trabalhadores sem carteira assinada.

Em suma, os desafios enfrentados pelo mercado de trabalho em Pernambuco exigem medidas estratégicas para estimular o crescimento econômico, promover a formalização do emprego e garantir melhores condições de vida para a população.

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