CEPPC-PE decide pelo Tombamento das Casas de Câmara e Cadeia de Flores e de Sirinhaém

Em uma decisão unânime, o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC-PE) aprovou o tombamento das históricas Casas de Câmara e Cadeia de Flores e de Sirinhaém, importantes marcos localizados no Sertão do Pajeú e no Litoral Sul de Pernambuco, respectivamente. A votação ocorreu durante uma reunião realizada nesta quinta-feira (29) na Academia Pernambucana de Letras (APL).

As iniciativas para o tombamento partiram da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), que desde 2013 apresentou ao Conselho exames técnicos detalhados, destacando a relevância histórica e cultural dessas construções coloniais.

O processo de tombamento da Casa de Câmara e Cadeia de Flores teve como relatoras as conselheiras Ana Barbosa, vice-presidente do CEPPC-PE, e Cláudia Rodrigues, presidente do Conselho e vice-presidente da Fundarpe. Enquanto isso, o tombamento da Casa de Câmara e Cadeia de Sirinhaém foi relatado pelos conselheiros Augusto Ferrer e Joana D’arc.

Segundo Ana Barbosa, vice-presidente do CEPPC-PE, o tombamento destas edificações é crucial, dado o reduzido número de estruturas preservadas deste tipo. Ela ressalta que as características originais dessas construções foram mantidas ao longo do tempo, tornando-as dignas do status de patrimônio tombado em Pernambuco.

As Casas de Câmara e Cadeia desempenharam papéis cruciais na sociedade colonial, servindo como centros administrativos e prisões. A Casa de Câmara e Cadeia de Flores, concluída em 1882, foi considerada a maior prisão do Sertão à época. Já a Casa de Câmara e Cadeia de Sirinhaém, datada do século XVIII, possui uma arquitetura que reflete a história e a evolução da região.

Após a aprovação pelo CEPPC-PE, os processos de tombamento serão encaminhados à Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e, posteriormente, à governadora do Estado para assinatura do decreto de tombamento. Uma vez publicado o decreto, os processos retornarão ao CEPPC-PE para a inscrição nos Livros do Tombo.

Além das decisões de tombamento, a reunião também contemplou uma Moção de Aplausos proposta pelo conselheiro Augusto Ferrer, em reconhecimento ao trabalho do corpo técnico do IPHAN-PE na preservação da paisagem cultural do Bairro do Recife.

Essa decisão do CEPPC-PE não apenas preserva o patrimônio histórico de Pernambuco, mas também reforça o compromisso do estado com a valorização e conservação de suas raízes culturais, garantindo que as futuras gerações possam apreciar e aprender com a rica história que essas construções representam.