Projeto de expansão do Gás Natural para o Polo Gesseiro do Araripe avança com visita técnica da Copergás

A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) está avançando em seu projeto de transição energética para o Polo Gesseiro do Araripe, com a realização de uma visita técnica às cidades de Araripina e Trindade. O objetivo é conhecer as necessidades técnicas para a instalação de usinas de regaseificação, visando a transição das indústrias do setor da biomassa para o gás natural.

As primeiras cartas de intenção das empresas do Polo Gesseiro já estão sendo recebidas pela Copergás, indicando um forte interesse por parte dos empresários na adoção do gás natural como fonte de energia mais sustentável. Segundo Felipe Valença, diretor-presidente da Copergás, essa manifestação de confiança demonstra o reconhecimento do setor do gesso no projeto desenvolvido pela companhia.

Durante a visita técnica, áreas potenciais para a instalação das usinas de regaseificação foram identificadas em Trindade e Araripina, com as prefeituras locais colaborando na identificação desses locais estratégicos. A meta da Copergás é implantar duas usinas na região, impulsionando assim a oferta de gás natural para as indústrias.

Além disso, a colaboração da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) se destaca no projeto, especialmente no que diz respeito à capacitação de mão-de-obra qualificada para atender à nova demanda energética. Através de cursos oferecidos pelo Senai, profissionais serão preparados para lidar com a mudança da matriz energética, abrangendo áreas essenciais como manutenção, segurança e ambiental.

Esse movimento representa um marco significativo na região do Araripe, onde a indústria do gesso desempenha um papel fundamental. A transição para o gás natural não apenas tornará a produção mais sustentável do ponto de vista ambiental, mas também promoverá uma economia considerável. Estima-se que ao menos 50 empresas do Polo Gesseiro adotem o gás natural como fonte de energia, o que representará uma economia de aproximadamente R$ 20 milhões por ano, apenas nessas empresas.

O projeto piloto está programado para iniciar em abril, com a participação da SM Gesso, em Trindade. Outros encontros técnicos estão previstos para esclarecer dúvidas e incentivar mais empresas a aderirem à iniciativa. A expectativa é que essa transição beneficie não apenas o setor industrial, mas também contribua para a preservação ambiental da Caatinga, reduzindo o desmatamento causado pela utilização de biomassa.

A iniciativa da Copergás em parceria com diversas entidades e empresas locais demonstra um compromisso sólido com o desenvolvimento sustentável da região, posicionando o Araripe como um polo de referência na adoção de energias mais limpas e eficientes. Com uma matéria-prima de alta qualidade e uma demanda crescente por práticas mais sustentáveis, o futuro da indústria do gesso no Brasil parece cada vez mais promissor.