Entidades Médicas unem esforços para preservação da Memória da Medicina em Pernambuco que está em crise

 

Representantes das principais entidades médicas de Pernambuco estão mobilizados diante da iminente perda da sede histórica do Memorial da Medicina. Em uma reunião realizada no sábado (27) nos jardins em frente ao prédio, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), o Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe), a Associação Médica de Pernambuco (AMPE) e a Academia Pernambucana de Medicina (APM) se uniram para discutir medidas emergenciais de recuperação do espaço.

A situação tornou-se crítica após o desabamento parcial do telhado do memorial na sexta-feira (26), levando à imediata interdição de todas as salas em funcionamento, conforme comunicado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), atual gestora do espaço. Isso deixou as instituições sediadas no local, como o Instituto Pernambucano de História da Medicina (IPHM), o Museu da Medicina e a Sociedade de Médicos Escritores em Pernambuco (Sobrames-PE), sem sede.

O presidente da Academia Pernambucana de Medicina, Hildo Azevedo, lamentou a situação, caracterizando-a como negligência com a preservação da história. Alegou que o prédio, construído com recursos de médicos e doado pela UFPE, vem sendo abandonado pela universidade, comprometendo a preservação da história da profissão.

A falta de apoio também foi evidenciada pelo presidente do Simepe, Walber Steffano, que ressaltou a importância do local para toda a categoria. A mobilização das entidades médicas visa à restauração necessária do prédio e ao retorno das instituições às suas salas no memorial.

Para resgatar o acervo e bens das instituições, a Defesa Civil foi acionada e realizará uma vistoria completa na próxima segunda-feira (29). O prédio, tombado como Patrimônio Histórico de Pernambuco e doado à UFPE na década de 50, abriga o memorial há 40 anos, sendo palco de cerimônias e palestras que remetem à história da medicina estadual.

Diante da urgência da situação, as entidades médicas permanecem unidas na busca pela preservação da memória da medicina pernambucana, aguardando medidas efetivas para a recuperação do Memorial da Medicina e o retorno das atividades no local.

 

* Com informação de Assessoria e imagem do acervo da UFPE