O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) tomou uma medida drástica diante do descaso e do grave desabastecimento enfrentado pelo Hospital Barão de Lucena (HBL), integrante da rede estadual de saúde. Em uma ação movida nesta quinta-feira (09/05), o Cremepe acionou a Justiça contra o Governo de Pernambuco, buscando garantir condições adequadas de funcionamento e assistência aos pacientes.
Desde dezembro de 2023, relatórios de fiscalização do Cremepe têm documentado uma situação alarmante no HBL, caracterizada pela falta de medicamentos e insumos essenciais para o atendimento médico. Diante desse cenário, a entidade recorreu à Justiça para exigir medidas concretas que solucionem as irregularidades e assegurem a assistência adequada aos pacientes.
A ação apresentada pelo Cremepe solicita a concessão de uma medida liminar que garanta o fornecimento de medicamentos e insumos, além de leitos para emergência e vagas em unidades de terapia intensiva. Em seu pedido, o Conselho ressalta a urgência da situação e destaca a necessidade de intervenção judicial para evitar danos irreparáveis aos pacientes.
O caso do HBL ganhou destaque no dia 17 de janeiro de 2024, quando o Cremepe decidiu pela interdição ética parcial da unidade. Essa medida foi tomada após uma série de graves problemas identificados durante fiscalizações, incluindo o desabastecimento de medicamentos e insumos básicos. A interdição teve como objetivo preservar a qualidade do atendimento à população e a segurança dos procedimentos médicos.
Mesmo após a interdição ética, o Cremepe realizou novas fiscalizações e reuniões com os gestores do HBL e com a Secretaria Estadual de Saúde, constatando a continuidade das irregularidades e a impossibilidade de suspender a medida.
Diante do impasse e da gravidade da situação, o Cremepe optou por recorrer à Justiça como última medida para garantir a assistência adequada aos pacientes do HBL. Agora, cabe ao poder judiciário avaliar o pedido de liminar e tomar as providências necessárias para resolver essa crise que afeta diretamente a saúde e o bem-estar da população pernambucana.
Nenhum comentário
Postar um comentário