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Governo de Pernambuco e Paraíba impulsionam internacionalização do forró em agenda na Unesco

quarta-feira, 29 de maio de 2024

/ por Isabel Gusmão

Em um movimento cultural significativo, as Secretarias de Cultura de Pernambuco e da Paraíba, juntamente com a Associação Cultural Balaio Nordeste, estão empenhadas em promover o forró como Patrimônio Imaterial da Humanidade. Entre os dias 30 de maio e 2 de junho, a comitiva brasileira participará de uma série de eventos na França e em Portugal para sensibilizar a Unesco sobre a importância do reconhecimento do forró raiz.

A agenda começa em Paris, onde a delegação se reunirá na sede da Unesco no dia 30 de maio. "Para nós, é uma honra tremenda chegar até à Unesco para sermos ouvidos, para dizermos que temos uma cultura que é genuinamente nossa e que precisa ser salvaguardada", declarou Pedro Santos, Secretário de Cultura da Paraíba. Este movimento dá continuidade ao reconhecimento nacional concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2021.

Cacau de Paula, Secretária de Cultura de Pernambuco, ressaltou a importância da iniciativa: "O forró é parte da alma nordestina e é alicerce da identidade pernambucana. Este movimento de internacionalização é um passo importante para colocar o Nordeste em sua merecida posição de destaque." Ela também anunciou que a comitiva trabalhará propostas de intercâmbio cultural com instituições francesas em preparação para o Ano Cultural Brasil-França 2025.

Em seguida, a comitiva se deslocará para Portugal, onde ocorrerá o I Fórum Internacional do Forró de Raiz nos dias 1º e 2 de junho, no Instituto Pernambuco Porto. O evento incluirá palestras, debates, mesas redondas e shows de artistas renomados do forró, além de aulas de dança e uma decoração temática típica de um arraial junino. "Promover essa programação no Instituto Pernambuco Porto é muito simbólico para nós. O fórum será um momento de troca cultural entre Pernambuco e Portugal", afirmou Cacau de Paula.

Joana Alves, presidente-fundadora da Associação Cultural Balaio Nordeste, destacou a complexidade do processo de reconhecimento: "Estamos indo até a Unesco para dizer que queremos o nosso patrimônio reconhecido. Mas é um processo lento e meticuloso, que ainda depende de ações do Iphan." A articulação busca não apenas preservar as tradições culturais, mas também fortalecer a cadeia produtiva ligada ao forró.

Com apoio de 30 países que já subscreveram um abaixo-assinado, o pleito por reconhecimento internacional avança, trazendo visibilidade global ao forró e celebrando a riqueza cultural do Nordeste brasileiro.

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