Após aproximadamente 60 dias de paralisação, professores das universidades e institutos federais chegaram a um acordo com o governo federal, pondo fim à greve que iniciou em meados de abril deste ano. O termo de acordo foi oficializado neste domingo (23) e será formalmente assinado na quarta-feira (26).
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) anunciou que a decisão de encerrar a greve foi tomada após uma série de assembleias realizadas entre os dias 17 e 21 de junho, nas quais a categoria docente deliberou pela aceitação das propostas apresentadas pelo governo.
De acordo com o comunicado do Andes-SN, embora as propostas não tenham atendido completamente às demandas dos professores, houve avanços significativos graças à mobilização e à força do movimento grevista. A proposta governamental inclui um reajuste salarial escalonado até 2026, com um aumento linear de 9,2% para 12,8% ao longo desse período.
Apesar do término da greve, o retorno às atividades acadêmicas não será imediato. Cada universidade terá autonomia para ajustar seu calendário acadêmico, considerando o encerramento do primeiro semestre de 2024 e o início do segundo semestre. Algumas instituições, como a Universidade de Brasília (UnB), já anunciaram o retorno às aulas para a próxima quarta-feira (26), enquanto outras devem retomar gradualmente suas atividades conforme a preparação dos novos calendários.
Além dos aspectos salariais, a greve também abordou questões administrativas e estruturais das universidades federais. O Comando Nacional de Greve enfatizou que, mesmo com o acordo alcançado, o movimento trouxe à tona a necessidade contínua de luta por melhores condições de trabalho e investimentos na educação pública.
A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) está analisando os resultados das assembleias das entidades de base, que ocorreram ao longo desta semana, para definir os próximos passos e o retorno das atividades administrativas nas universidades.
Assim, enquanto os professores celebram o fim da greve e os avanços conquistados, a comunidade acadêmica aguarda a normalização das atividades, marcando um novo capítulo na relação entre o governo e os educadores das instituições federais de ensino superior.
* Com informação e imagem da Agência Brasil/ Foto Fábio Rodrigues-Pozzebom
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