No último dia 7 de junho, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) oficializaram um acordo de cooperação técnica voltado ao estudo das cobras surucucus (Lachesis muta) no estado. Este convênio visa monitorar e investigar o comportamento dessa espécie na Região Metropolitana do Recife, com foco especial na Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe.
A motivação para este acordo surgiu após múltiplos relatos de incidentes envolvendo surucucus na APA Aldeia-Beberibe, uma região reconhecida por sua biodiversidade, mas onde encontros com seres humanos eram considerados raros. A assinatura do acordo contou com a presença da reitora da UFRPE, Maria José de Sena, e do diretor-presidente da CPRH, José de Anchieta dos Santos.
"Esse acordo tem uma importância muito grande porque queremos monitorar essas serpentes, principalmente na APA Aldeia Beberibe. A partir daí, vamos produzir material e orientar a população para evitar acidentes, pois é uma cobra perigosa e venenosa. Temos que alertar a população sobre os riscos", ressaltou José de Anchieta.
Com o apoio da CPRH e da UFRPE, os pesquisadores poderão mapear as ocorrências da espécie, avaliar o estado de saúde das surucucus em Pernambuco e desenvolver ações de conscientização e educação ambiental. Essas iniciativas são fundamentais para destacar a importância da surucucu para a fauna e biodiversidade local.
A surucucu é uma serpente de grande porte, podendo atingir até 3,5 metros de comprimento. Com hábitos noturnos, alimenta-se de pequenos mamíferos. Em Pernambuco, a espécie está na lista vermelha da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), classificada como vulnerável. A redução da população da surucucu está associada principalmente ao desmatamento da Mata Atlântica.
Além de promover a proteção da espécie, o acordo visa também preparar a população local para prevenir acidentes com a surucucu. O mapeamento dos registros de ocorrências e a avaliação do estado de saúde das cobras permitirão a criação de estratégias eficazes para minimizar os riscos de encontros perigosos entre humanos e serpentes.
A colaboração entre a CPRH e a UFRPE representa um passo significativo na preservação da biodiversidade de Pernambuco. A partir dos dados coletados e das ações de conscientização planejadas, espera-se que a população seja mais informada e preparada para lidar com a presença das surucucus na região.
Este acordo destaca a importância da cooperação entre instituições acadêmicas e órgãos de meio ambiente na busca por soluções que equilibrem a convivência entre seres humanos e a fauna local, garantindo a preservação das espécies e a segurança da população.
* Com informação e imagem da Assessoria
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