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Em meio a festividades juninas, psicóloga explica como ajudar crianças e adolescentes com Autismo

sexta-feira, 21 de junho de 2024

/ por Isabel Gusmão


As festas juninas, marcadas pela alegria, dança e os tradicionais fogos de artifício, podem ser um desafio para crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O som e a iluminação intensa dos fogos, elementos essenciais dessa celebração, podem causar sensações extremamente desagradáveis nessas crianças, devido à sua hipersensibilidade sensorial.

Segundo a psicóloga e neuropsicopedagoga Márcia Karine Monteiro, coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, as crianças autistas apresentam particularidades que requerem atenção especial durante certas épocas do ano. "As festas juninas são um exemplo claro disso, pois o cenário festivo e as mudanças na rotina precisam ser cuidadosamente explicados e orientados", destaca.

Pessoas com TEA frequentemente enfrentam dificuldades para controlar a quantidade de estímulos sensoriais simultâneos. Portanto, quando expostas ao barulho e às luzes dos fogos de artifício, suas reações podem ser exacerbadas, sobrecarregando seus sistemas sensoriais. Para aliviar esses desconfortos, é recomendado que as famílias adotem medidas simples, como o uso de abafadores de ruído, guias sensoriais ou audioguias, tornando as celebrações mais acessíveis.

"O trabalho terapêutico realizado por equipes multiprofissionais é crucial para ajudar essas crianças a se adaptarem melhor aos desafios diários, incluindo a exposição a sons altos e situações estressantes. Cada criança autista reage de maneira única, dependendo do grau de suporte necessário", explica Márcia. Ela ressalta a importância da conscientização e respeito da sociedade em relação às necessidades dessas crianças durante eventos festivos.

Adotar estratégias específicas pode permitir que as crianças autistas também aproveitem as festas juninas. "É fundamental que as famílias estejam preparadas para proporcionar um ambiente mais confortável, onde a criança possa se divertir sem sofrer com os estímulos sensoriais intensos", recomenda a neuropsicopedagoga.

A inclusão e o respeito às diferenças são essenciais para garantir que todos possam participar das celebrações. "A conscientização sobre o impacto dos fogos de artifício em crianças autistas e a adoção de medidas de apoio podem fazer uma grande diferença, promovendo um ambiente mais acolhedor e inclusivo", finaliza Márcia Karine Monteiro.


* Com informação de Assessoria e imagem de Freepik


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